Como configurar o nome e caminho do arquivo exportado pelo memoQ

Muitos clientes pedem para não alterarmos o nome do arquivo, e o memoQ acaba fazendo isso por padrão. Para alterar:

Clique em Tools > Options > Default resources > Export path rules. Vai ter uma “File rule” e uma “Folder rule”.

Clique em cada uma delas e depois em Edit. O memoQ vai dizer que não pode alterar uma regra padrão e sugerir cloná-la. Faça isso e dê o nome que preferir.

Depois, clique em Edit e altere o que estiver no campo superior.

Para arquivo: <OrigPathAbs>\<TrgLangIso2>\<OrigFileNameExt>

Para pasta: <BasePathAbs>\<TrgLangIso2>\<RelativePath>\<OrigFileNameExt>

Essas regras serão o padrão para novos projetos. Se quiser adotá-las nos projetos atuais, abra o projeto, clique em Settings (no painel lateral), Export path rules (o último ícone da direita) e marque as regras que acabou de criar.

Depois disso, todos os arquivos serão exportados para uma pasta “pt-br” (ou o idioma de destino do projeto) que vai ser criada dentro da pasta onde está o arquivo original. Os arquivos exportados terão exatamente o mesmo nome e extensão do original, sem aquele “por-br” no final.

Cursos de tradução

A Flávia me pediu, por email, indicação de cursos de tradução. Como é uma pergunta frequente, achei melhor responder por aqui e, com isso, tentar ajudar mais gente.

Boa tarde Val, tudo bem?

Meu nome é Flávia, tenho 31 anos e sou profissional da área financeira. Estou pesquisando bastante sobre a área de tradução, pois gostaria de entrar neste mercado de trabalho.
Entro em contato para pedir sugestões de cursos profissionalizantes de tradução, pois, apesar de ter contato com o idioma inglês há bastante tempo e de utiliza-lo diariamente nas empresas para as quais trabalhei, tenho certeza de que o trabalho de tradução vai me exigir bem mais do que conhecimentos do idioma.
Você poderia me recomendar algum curso?

Obrigada
Flávia

A Flávia não diz de onde é, então faz mais sentido indicar cursos online. Coincidentemente, ontem fizeram a mesma pergunta no grupo de tradutores do Facebook. A resposta dos colegas está aqui.

Como pode acontecer do tópico desaparecer por algum motivo, transcrevo as sugestões (em ordem alfabética):

Brasilis Idiomas

Certificate in Translation NYU

Curso de Tradutores Daniel Brilhante de Brito

Pós-graduação a distância em tradução de inglês da Gama Filho

Prolingua

 

Sem dúvida que para traduzir é preciso muito mais que simplesmente saber inglês e português. Aliás, é preciso saber muito mais português que inglês, já que você normalmente vai traduzir para o português (pelo menos para os clientes estrangeiros – aqui no Brasil é relativamente comum pedirem tradução para o outro idioma). É preciso saber também um pouco de administração, contabilidade, marketing, conhecer computadores, ferramentas CAT… Infelizmente, boa parte dessas outras aptidões as universidades ainda não ensinam.

Sugiro a todos os aspirantes a tradutor, tradutores recém-formados e tradutores velhos de guerra que entrem nos grupos de tradutores do Facebook. Acho que o mais movimentado é o Tradutores/Intérpretes BR, que citei lá no começo. Ele é o “gêmeo do Facebook” da comunidade 50302 do Orkut, hoje infelizmente quase abandonada depois da migração geral dos usários para o Facebook. Mas os tópicos continuam lá, alguns meio “decepados” porque muitos usuários mataram o perfil ao sair do orkut e suas postagens sumiram. Digo, sem medo de falar bobagem, que aqueles arquivos guardam mais informação que muito curso universitário. Digo o mesmo do grupo do Facebook. São registros do dia a dia do tradutor, em todas as suas facetas. Valem muitas e muitas horas de pesquisa e aprendizado.

E aí? Dá para viver de tradução?

Perdi a conta de quantas vezes já vi esta pergunta: “dá pra viver de tradução?” Dar, dá. Temos colegas que se sustentam exclusivamente com traduções há décadas. Mas posso dizer, com toda certeza, chegar lá nem sempre é fácil nem rápido.

Não vou dizer que não se deve trabalhar por pouco. Todo mundo já foi iniciante e todo mundo já teve meses difíceis, quando aceitava o que aparecer. Eu mesma comecei trabalhando para as “agências de R$ 0,04”, há uns dez anos, então seria muita hipocrisia de minha parte condenar quem faz isso. Mas, convenhamos, o que se ganha com elas não é suficiente para sustentar ninguém.

Pense bem: quantas palavras por dia o tradutor precisa traduzir para conseguir pagar as contas, recebendo R$ 0,04 por palavra? Certamente muitas mais do que eu consigo. Não sou boa digitadora, assumo. Nunca fiz curso de datilografia, aprendi “catando milho” para fazer os trabalhos de escola. Com o tempo, passei a catar milho cada vez mas rápido. E sou assim até hoje.

E quem digita rápido, será que dá conta de traduzir aquele zilhão de palavras por dia? E o tempo para pesquisar? E aprender ferramentas novas? E estudar? E viver? Porque convenhamos, viver para trabalhar não é lá muito saudável.

Com o tempo (e algumas cabeçadas por aí), aprendi algumas coisas.

Você consegue ganhar mais se especializando em um assunto. Pode ser um assunto pelo qual se interesse, um que você já conheça ou um que esteja “em alta”. Aprenda sobre ele, leia tudo o que puder nos seus idiomas de trabalho. É uma maneira de aprender a terminologia sem depender dos famosos (e nem sempre confiáveis) “glossários da internet”.

Aumente sua produtividade. Uma maneira é investir em uma ferramenta CAT. A produtividade e a qualidade do trabalho certamente aumentarão com o tempo. Nem sempre a gente percebe imediatamente a mudança, mas pode acreditar que ela vem. Existem outras ferramentas, programas e sites que também fazem perder menos tempo e ajudam a aumentar sua produtividade. É uma preocupação constante minha, então costumo escrever sobre isso.

SEMPRE procure clientes novos. E melhores. Mande CVs para possíveis clientes toda semana, sempre que tiver um tempo livre. É público e sabido que muitas agências terceirizam (e quarteirizam, quinqueirizam – nem sei se as palavras existem, mas acontece!) projetos de outras. E a cada terceirização, o valor pago ao tradutor é menor. Então, para receber mais é preciso passar pelos intermediários e tentar entrar nas agências lá do topo da pirâmide. Fácil? Claro que não! Mas não é impossível “sair do subsolo”. Aumentando sua carteira de clientes, fica mais fácil dispensar aquele cliente que paga pouco ou demora a pagar. Com o tempo, o nível geral da sua carteira (a de clientes e a do bolso) começa a subir.

Apareça na internet. Eu moro em São Paulo, a maior cidade do país, e praticamente não tenho clientes aqui. Minha “sede comercial” é a internet. Participe das redes sociais, comunidades, fóruns e listas, mas cuidado para não se queimar.

Participe de congressos, conferências e cursos. Nem sempre podemos nos deslocar e nem sempre podemos bancar evento mais viagem, mas muitas vezes esses eventos são online e gratuitos. Não desperdice oportunidades de conhecer colegas e aprender. E conhecer pessoalmente é muito melhor que conhecer pelo Twitter ou Facebook, acredite!

Sempre que possível, use o bom e velho não. Um não profissional e educado para ofertas que considerar inaceitáveis. Pode não parecer, mas muitos clientes estão dispostos a negociar prazos e preços.

Para finalizar, porque já estou escrevendo muito mais que o normal, deixo o link de um artigo que li hoje: Let’s not discuss rates any more. Ele resume bem minha filosofia: em vez de reclamar, use o tempo para melhorar e progredir. É mais útil.

memoQfest 2012

Mais uma vez eu adoraria estar em Budapeste… e mais uma vez não consegui. Mas não desisto, uma hora eu consigo! 🙂
Enquanto isso, que tal acompanharmos o que rola por lá? O pessoal da Kilgray planejou transmissão em vídeo de (pelo menos algumas das) palestras, e os participantes também devem tuitar bastante se as condições de internet permitirem.

Live streaming by Ustream

Como os tweets somem da timeline em poucos dias, fica um PDF com todos os posts feitos com a hashtag da memoQfest:

memoQfest-2012

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