Agregar é sempre bom!

Grupos no GoldenDict

Quando se fala em produtividade para tradutores, a primeira coisa em que pensamos são as CAT tools. E realmente elas são um dos maiores fatores de produtividade para nós — mas não o único. Algumas mudanças na forma como fazemos as coisas podem nos poupar muito tempo (e tempo é dinheiro para os freelancers, certo?).

Ao longo dos anos, percebi que uma das coisas que mais facilita a minha vida é ver tudo que preciso num lugar só. E é aí que entram os agregadores. Existem diversos agregadores para fins variados por aí, mas aqui vou me concentrar em dois que acho especialmente úteis para o nosso dia a dia e que deveriam ser incluídos nos cursos de tradução.

Feedly

Comecei a usar o Feedly há alguns anos, depois que o Google Reader foi descontinuado. Nele é possível centralizar suas leituras de blogs e qualquer site que tenha um feed RSS, assim você não precisa ficar lembrando de acessar os sites X, Y ou Z para ver se tem alguma publicação nova. É só acessar o Feedly pelo navegador ou pelo app (inclusive no celular) para ver as novidades. Pode ainda separar em categorias, se, como eu, tiver centenas de sites agregados por lá. Eu tenho categorias como “Tradução”, “Literatura”, “Receitas”, “Tecnologia”, “Empreendedorismo”, “Artes”, “Cultura e nerdices”, “Quadrinhos” e várias outras.

Dessa forma, fica fácil visualizar tudo que foi postado em cada categoria, organizado por data (mais recentes primeiro, ou mais antigos primeiro), marcar como lido o que não interessa, salvar o que quiser para ler depois dentro do próprio app (o que ajuda também a não ver propagandas para todo lado).

Dentro da categoria tradução, que é a que mais interessa neste artigo, alguns sites e blogs que vale a pena acompanhar são (depois do jabá descarado, os outros estão em ordem alfabética):

Este aqui, por motivos óbvios: https://translators101.com.br/blog-de-traducao/

O meu, que está parado há algum tempo mas tem anos de posts principalmente sobre os aspectos práticos da profissão: https://www.traducaoviaval.com.br/

Ao principiante, da Lorena Leandro (está inativo há algum tempo, mas tem muitas informações principalmente para quem está começando): https://aoprincipiante.wordpress.com/

Born to be Global, da Nataly Kelly: https://borntobeglobal.com/

Carol’s Adventures in Translation, da Carol Alberoni: https://caroltranslation.com/

eMpTy Pages, do Kirti Vashee: http://kv-emptypages.blogspot.com/

Glossarissimo!, com indicações de muitos glossários em todos os idiomas e de todas as áreas: https://glossarissimo.wordpress.com/

Lingua Greca, da Catherine Christaki: https://linguagreca.com/

Marketing Tips for Translators, da Tess Whitty: https://marketingtipsfortranslators.com/

Metáfrase, a revista da Abrates: https://abrates.com.br/metafrase/

Multilingual Magazine: https://multilingual.com/

Nimdzi: https://www.nimdzi.com/

Slator: https://slator.com/

Speaking of Translation, da Corinne McKay: https://speakingoftranslation.com/

The Savvy Newcomer, da ATA: https://atasavvynewcomer.org/

Tradutor Iniciante, da Laila Compan: https://tradutoriniciante.com.br/

Translations Tribulations, do Kevin Lossner: https://www.translationtribulations.com/

Para produtividade, temos:

Rescue Time Blog: https://blog.rescuetime.com/

Vida Organizada: https://vidaorganizada.com/

Na categoria empreendedorismo (coisa que, queiramos ou não, precisamos saber ainda que só um pouquinho):

Carreira Solo: https://carreirasolo.org/

Freelancers Union: https://blog.freelancersunion.org/

Jornal do Empreendedor: https://jornaldoempreendedor.com.br/

Para começar a usar o Feedly, é só criar uma conta. Clique no “+” do menu à esquerda e faça a busca por assunto, palavra-chave ou nome de um blog específico.

Como colocar URL no Feedly
Imagem de como colocar URL no Feedly

Escolha a opção desejada (no nosso caso, queremos o blog da T101).

Como colocar sites no Feedly
Imagem de como colocar sites no Feedly

Depois é só clicar em “Follow”, selecionar a categoria e clicar em “Add”. Para criar uma categoria nova, clique na última opção, “New feed”.

Como criar categorias no Feedly
Imagem de como criar categorias no Feedly

Aqui tem um tutorial bem completinho para configurar e começar a usar o Feedly: https://blog.feedly.com/get-the-right-content-on-your-feedly/

Boas leituras! 🙂

GoldenDict

O GoldenDict é um tipo diferente de agregador. É um programa para Windows, Mac e Linux que agrega principalmente dicionários, tanto on-line quanto off-line. Ajuda muito a centralizar as pesquisas terminológicas e, principalmente, ajuda a nos manter fora do navegador, onde as distrações são muitas.

Mais fontes

Anos atrás publiquei um tutorial detalhado de como configurar o programa:

Parte I: instalação – https://www.traducaoviaval.com.br/dicionario/goldendict-muitos-dicionarios-em-um-parte-i/

Parte II: dicionários online – https://www.traducaoviaval.com.br/dicionario/goldendict-parte-ii-dicionarios-online/

Parte III: grupos de dicionários – https://www.traducaoviaval.com.br/dicionario/goldendict-parte-3-grupos-de-dicionarios/

Infelizmente o site da Babylon não permite mais baixar os dicionários com extensão .BGL para uso offline, mas ainda é possível encontrar dicionários no formato StarDict, gratuitos por padrão, com uma busca no Google. O GoldenDict também usa esse formato sem problemas. Existem alguns aqui, em diversos pares de idiomas e áreas de especialização. Basta fazer o download do arquivo (em formato .tar.bz2) e descompactar como um zip normal. Vai virar uma pasta com arquivos dentro.

Pastas com dicionários do GoldenDict descompactados
Imagem das pastas do GoldenDict

Mantenha todas as pastas/dicionários numa mesma pasta, e informe essa pasta principal para o GoldenDict. No meu, fica assim (tudo no Dropbox, porque backup nunca é demais):

Pasta de dicionários no GoldenDict
Imagem da pasta de dicionários do GoldenDict

Apesar da falta que os dicionários .BGL do Babylon possam fazer, e que os do StarDict não suprem completamente, a busca em sites faz o GoldenDict continuar valendo a pena. Em tese, qualquer busca que apareça na barra de endereços do navegador com a palavra especificada depois do endereço do site, como por exemplo https://www.aulete.com.br/teste, pode ser levada para o GoldenDict.

Algumas fontes que podem ser usadas (é só incluir os endereços como explicado na segunda parte do tutorial):

Monolíngues português:

Aulete: https://www.aulete.com.br/%GDWORD%

Dicio: http://www.dicio.com.br/%GDWORD%/

Dicionário Criativo: https://dicionariocriativo.com.br/%GDWORD%

Dicionário Informal: http://www.dicionarioinformal.com.br/%GDWORD%

Infopédia (PT-PT): https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/%GDWORD%

Michaelis: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/%GDWORD%/

Priberam: https://dicionario.priberam.org/%GDWORD%

Sinônimos: https://www.sinonimos.com.br/%GDWORD%/

Monolíngues inglês:

American Heritage: https://www.ahdictionary.com/word/search.html?q=%GDWORD%

Cambridge: https://dictionary.cambridge.org/us/dictionary/english/%GDWORD%

Collins: https://www.collinsdictionary.com/pt/dictionary/english/%GDWORD%

Dictionary.comhttps://www.dictionary.com/browse/%GDWORD%?s=t

Lexico – UK: https://www.lexico.com/definition/%GDWORD%

Lexico – US: https://www.lexico.com/en/definition/%GDWORD%

Macmillan: https://www.macmillandictionary.com/dictionary/british/%GDWORD%

Merriam-Webster: http://www.merriam-webster.com/dictionary/%GDISO1%

Oxford (via Google, o site em si não funcionou bem com o GoldenDict): https://www.google.com/search?q=define:%GDWORD%&hl=en

Oxford Collocation: https://www.freecollocation.com/search?word=%GDWORD%

Urban Dictionary: https://www.urbandictionary.com/define.php?term=%GDWORD%

The Free Dictionary: https://www.thefreedictionary.com/%GDWORD%

The Free Dictionary – Medical: https://medical-dictionary.thefreedictionary.com/%GDWORD%

The Free Dictionary – Acronyms: https://acronyms.thefreedictionary.com/%GDWORD%

Monolíngues espanhol:

Lexico: https://www.lexico.com/es/definicion/%GDWORD%

Real Academia Española: https://dle.rae.es/consulta

Português-inglês:

Linguee (funciona nas duas direções): https://www.linguee.com.br/portugues-ingles/search?source=auto&query=%GDWORD%

Michaelis: https://michaelis.uol.com.br/moderno-ingles/busca/portugues-ingles-moderno/%GDWORD%/

Reverso: https://dicionario.reverso.net/portugues-ingles/%GDWORD%

Inglês-português:

Cambridge: https://dictionary.cambridge.org/us/dicionario/ingles-portugues/%GDWORD%

Infopédia (PT-PT): https://www.infopedia.pt/dicionarios/ingles-portugues/%GDWORD%

Michaelis: https://michaelis.uol.com.br/moderno-ingles/busca/ingles-portugues-moderno/%GDWORD%/

Reverso: https://dicionario.reverso.net/ingles-portugues/%GDWORD%

WordReference: https://www.wordreference.com/enpt/%GDISO1%

Por algum motivo que ainda não consegui determinar, talvez excesso de informação de uma vez, não sei, alguns desses dicionários fazem o meu GoldenDict travar. Ele puxa os resultados, mas em seguida para de funcionar. Sugiro, então, adicionar um a um e testar, para saber se todos funcionam sem problemas na sua máquina.

E não precisam ser só dicionários. Eu consulto fontes como imdb e outros sites sobre cinema para um cliente da área de entretenimento, sites com terminologia médica para os clientes dessa área, wikis específicas para determinados jogos. Se o URL do resultado da busca estiver naquele formato indicado acima, funciona.

Separar os dicionários consultados em grupos ajuda a filtrar os resultados por assunto. No meu, tenho grupos para resultados em EN, PT, EN-PT, PT-EN, medicina e cinema. Usando (literalmente) centenas de fontes, é a única maneira de não se perder nos resultados!

Grupos no GoldenDict
Imagem de grupos no GoldenDict

Por falar em agregadores, a Translators101 é uma ótima forma de ter acesso a muita informação útil para sua carreira, e a um custo muito baixo.

E aí, bora agregar? 🙂

(Texto postado originalmente no blog da Translators101.)

Não chore sobre o leite derramado — como identificar os bons pagadores

Um assunto recorrente entre tradutores, tanto em encontros presenciais quanto em grupos on-line de todo tipo, é a falta de pagamento pelo cliente X ou Y. Pior, X e Y geralmente são figurinhas conhecidas, que vivem sendo mencionados como maus pagadores, às vezes há muito tempo.

Isso me dá uma quase-certeza: boa parte dos tradutores tem talentos linguísticos, mas não comerciais. A maioria de nós sabe pesquisar termos, entender o texto original, redigir uma tradução corretamente, mas muitos ainda não sabem bem como cobrar do cliente o valor devido pela tradução, às vezes mesmo depois de anos no mercado.

E como fazer isso? Trabalhando para clientes no Brasil, é sempre importante emitir algum tipo de documento pelo serviço. Com uma nota fiscal ou contrato de serviço em mãos, é possível emitir depois um boleto bancário para facilitar o recebimento, que pode ainda incluir um valor de juros por dia para minimizar o prejuízo do tradutor em caso de atraso do cliente. Esses documentos permitem também enviar o título para cobrança por um Cartório de Protesto de Títulos caso o cliente não pague conforme combinado. Se o cliente não pagar o valor devido no prazo estipulado pelo cartório, seu CNPJ passa a constar em listas de inadimplentes e no Serasa, dificultando futuras operações de crédito. O único senão é que, no pagamento em cartório, o valor devido corresponde ao valor original do documento, sem juros. Converse com seu contador para saber como emitir esses documentos.

No entanto, nós também trabalhamos para muitos clientes fora do Brasil, espalhados pelo mundo, e, nesses casos, as nossas notas fiscais não têm valor algum para os clientes, e os cartórios de protesto e a ameaça do Serasa não surtem efeito. Para esses clientes, qual a forma mais prática de diminuir a chance de não receber? Consultando antes! E o leitor pode perguntar: “Consultar? Mas como assim?”

Uma comparação simples são as lojas de varejo. Se eu for comprar alguma coisa a crédito em qualquer loja, vou precisar preencher uma ficha de cadastro com todos os meus dados. Preciso dar referências, nome do banco, cartão de crédito. O departamento de crédito da loja vai confirmar as informações, verificar no Serasa se não sou inadimplente (“caloteira”, como se diz informalmente), se tenho protesto na praça, enfim, vão levantar minha ficha completa para decidir se vale o risco de me venderem um produto a prazo. Então, por que eu ou você, que temos muitos menos cacife que qualquer loja para aguentar o baque de um calote, não faríamos a mesma coisa?

Na maioria dos casos, o Serasa não resolve nosso problema pelo tipo de cliente que atendemos e, principalmente, porque usa um banco de dados nacional, não global. Mas nós, tradutores, temos alguns métodos próprios de consulta ao crédito para potenciais clientes. Os principais são:

Blue Board do Proz (acessível apenas para assinantes do plano pago);

– Arquivos das listas de tradutores no Yahoo (a maioria está inativa há alguns anos, mas o histórico de mensagens continua disponível para consulta; sempre foi muito comum colegas reclamarem em público quando não são pagos);

– Arquivos de grupos de tradutores no Facebook;

– Payment Practices (site com informações sobre pontualidade de agências de tradução desde 1999).

E agora eu vou vestir o chapéu de vice-presidente da Abrates e puxar a brasa para a sardinha da associação: ano passado firmamos parceria com a Payment Practices, e nossos associados passaram a ter 25% de desconto na assinatura, pagando apenas US$ 14,99 ao ano. Um único mau cliente que descartemos com essas informações já compensa o investimento com muita folga.

É também importante obter o máximo de informações que puder sobre o cliente: nome (ou razão social, no caso de agências), endereço, telefones, e-mail, nome do contato. É incrível o número de colegas que aceita serviço, principalmente terceirizado de outros tradutores, sem saber nada sobre o contratante além de um endereço de e-mail gratuito.

Por fim, preciso lembrar que nem todo atraso quer dizer calote. Imprevistos acontecem, conosco e com os clientes. Já me aconteceu de a fatura se perder, de a pessoa responsável ficar doente de repente, de o cheque do cliente atrasar no correio (ainda é muito comum clientes nos Estados Unidos enviarem cheques pelo correio!), de o pagamento ficar no limbo do sistema bancário, então não costumo considerar um pagamento atrasado antes de uma semana. Quando passa esse “período de graça”, a melhor atitude é enviar um e-mail dizendo que não localizou o pagamento e perguntando se o cliente pode por favor confirmar em que data foi feita a transferência (ou quando o cheque foi enviado pelo correio, dependendo da forma de pagamento combinada). Algo como “Não consigo localizar o pagamento referente à fatura X, no valor de Y, vencida no dia Z. Por favor, informe data e valor do pagamento para que eu localize no extrato”. Sem pedir desculpas por cobrar, sem dizer que precisa do pagamento seja por que motivo for. Sua parte do acordo era entregar o serviço, a parte do cliente é pagar conforme combinado.

É importante não acusar nesse primeiro momento, porque pode realmente ter havido algum problema fora do controle do cliente, e você corre o risco de ofender — e talvez até perder — um bom cliente.

Mas se o cliente não pagou mesmo e você perceber que estão enrolando, envie uma nova mensagem no estilo “Favor providenciar o pagamento até dia X, evitando assim o envio do título para protesto”.

Aliás, é importante manter também o bom-tom quando infelizmente chega a hora de informar aos colegas que aquele cliente não merece crédito. Mantenha sempre a objetividade, demonstrando um comportamento profissional. Algo como “a empresa X me deve X patacas por um serviço entregue dia tal, com pagamento combinado para dia tal”. Nas listas e grupos, o tom costuma ser mais na linha “Fulano da empresa ACME é um safado caloteiro, não me paga nem atende meus telefonemas”. Podem estar dizendo exatamente a mesma coisa, mas chamar alguém de “safado caloteiro” certamente sujeita o denunciante a represálias, além de demonstrar pouco profissionalismo. Lembre-se sempre de que, além de colegas, nesses círculos temos potenciais clientes. Seus textos e sua postura são sua vitrine.

Moral da história: é muito mais fácil, rápido, barato e indolor se precaver antes de aceitar um serviço do que chorar e espernear sobre o leite derramado.

Texto originalmente publicado na Revista Metáfrase da Abrates número 13, que pode acessada na íntegra aqui: https://abrates.com.br/materiais/metafrase-13/

Como converter TMs e TBs do Studio

Não é segredo pra ninguém que eu sou adepta da interoperabilidade e do uso da ferramenta que melhor convém a um projeto (que nem sempre é a preferida do cliente 🙂 ). É muito comum um cliente mandar um arquivo sdlxliff com memória no formato sdltm e glossário em sdltb. Mas eu prefiro trabalhar no memoQ, outros colegas preferem o Wordfast, ou Memsource ou alguma outra CAT tool. E aí?

Aí a gente instala um conversor espertinho que converte esses arquivos num piscar de olhos! O nome dele é WfConverter. Foi criado para converter arquivos pensando no Wordfast, como o nome já indica, mas os formatos também servem lindamente no memoQ.

Primeiro, baixe o programa do site do Wordfast: http://wordfast.net/zip/WfConverter.zip

Depois, baixe o arquivo sqlite-dll-win32-x86-*.zip aqui. É um dll que vai fazer o programa funcionar. Se por acaso já tiver instalado o SQLite no computador (acho que só uma minoria vai ter, não é comum precisarmos dele), não precisa do dll.

Depois de descompactar os dois arquivos .zip, crie uma pasta (a minha é C:\WfConverter) e copie para lá o arquivo WfConverter.exe e o arquivo sqlite3.dll.

Clique com o botão direito do mouse no arquivo .exe e selecione “Fixar em Iniciar” e/ou “Fixar na barra de tarefas”, dependendo da sua preferência, para facilitar o acesso depois.

Agora chegamos à parte divertida: clique duas vezes no arquivo .exe para abri-lo.

Janela inicial do WfConverter

Clique no botão superior (a pasta com lupa) para selecionar o arquivo que deseja converter. Os formatos válidos são:

  • arquivos do Wordfast (.txt)
  • arquivos .csv
  • arquivos .tmx
  • arquivos de TM do Studio .sdltm
  • arquivos de TB (glossário) do Studio .sdltb
  • arquivos bilíngues do Studio .sdlxliff

É preciso selecionar o formato desejado, ele não tem uma opção “todos os arquivos compatíveis” ou algo parecido. Também não aceita que se arraste o arquivo para a janela. Precisa efetivamente navegar até o local do arquivo.

Neste caso, vou selecionar uma TM que recebi de um cliente:

WfConverter com TM selecionada para conversão

Agora é só clicar no botão Start e aguardar a conversão.

Quando a conversão terminar (em geral é rápido, leva só alguns segundos), aparece o número de TUs convertidas. O arquivo .tmx vai estar na mesma pasta do .sdltm.

Agora é só importar para a sua CAT tools de preferência.

O mesmo processo funciona para os arquivos de TB .sdltb, que são exportados como .csv.

Nunca precisei fazer outros tipos de conversão. Se alguém fizer e quiser contar o resultado, deixe um comentário ali embaixo, por favor. 🙂

Atalhos para os programas “de escritório” mais comuns

Usar atalhos de teclado é uma forma muito eficiente de trabalhar: aumenta a produtividade e diminui a chance de lesões causadas pelo uso excessivo do mouse. Para tradutores e outros profissionais que passam muitas horas na frente do computador, isso pode fazer uma diferença gigantesca na saúde.

Aqui estão alguns atalhos importantes para os programas que em geral mais usamos no dia a dia, num oferecimento da newsletter do One Productivity.

OCR online com Office Lens e OneDrive

Nem sempre precisamos (ou temos à mão) um scanner e um programa de OCR para digitalizar um texto impresso. Tenho usado bastante o OneDrive para essas conversões e olha… estou gostando muito. Obviamente não vai funcionar perfeitamente em todo tipo de texto (nenhum programa de OCR funciona, aliás), mas em geral o resultado é mais do que satisfatório, especialmente em texto corrido.

Tenho usado o Office Lens para escanear o texto impresso. Se você tem OneDrive (vem na assinatura do Office 365 e também pode ser assinado separadamente), é só instalar o aplicativo no celular.

App OneDrive

Depois de aberto, clique no ícone de diafragma no canto inferior direito para abrir o Lens (conforme imagem acima).

Vou usar como exemplo o livro Explorando Teorias da Tradução, do Anthony Pym, traduzido por Rodrigo Borges de Faveri, Claudia Borges de Faveri e Juliana Steil.

Centralize o texto na tela, de forma a incluir tudo que deseja “escanear”. Quando estiver tudo nos conformes, clique no disparador (o círculo branco na parte inferior da tela).

O programa vai mostrar como ficou a imagem escaneada (acima). Se não gostar, clique no “x” no canto superior esquerdo. Se a imagem estiver a contento, clique no tique azul (se quiser escanear uma página só) ou no “+” (se pretender escanear várias páginas).

A partir da segunda página, clique na lixeira do alto da tela se não estiver contente com uma imagem.

Quando clicar no tique azul, depois de terminar de escanear tudo, vai aparecer a tela acima para definir o nome do arquivo e para que pasta ele vai ser mandado no OneDrive. Toque nos campos para fazer as alterações necessárias ao nome do arquivo ou à pasta de destino.

A partir daqui, o processo vai continuar no computador (não consegui fazer funcionar pelo celular). Obviamente é preciso uma conexão à internet (4G ou Wi-Fi) para que os arquivos sejam enviados para o OneDrive.

Localize a pasta e o arquivo enviados do celular. Clique no arquivo que deseja abrir.

Observação importante: o OneDrive NÃO faz uma cópia do arquivo. Se quiser manter o PDF, faça uma cópia dele antes do OCR.

Clique em “Abrir”, no canto superior esquerdo.

Clique no botão azul “Editar no Word”.

Vai aparecer a mensagem acima. Clique em “Converter”. Lembrando de novo: apesar de a mensagem dizer que vai fazer uma cópia, NÃO VAI.

A conversão pode levar um pouco mais ou um pouco menos de tempo, dependendo do tamanho do arquivo, mas não costuma demorar. Quando terminar, aparecerá a mensagem acima. Para ver o texto convertido no Word, clique em “Editar”.

O texto aparecerá num documento do Word online, pronto para ser “manuseado” (editado, importado na sua CAT tool de preferência, etc). Provavelmente não ficará 100% perfeito (quase nenhum OCR fica), mas a qualidade, na maioria dos casos, é bem boa. No caso desse teste, logo acima da quebra de seção há um trecho com alguns errinhos, mas nada sério.

Como eu disse lá no começo, este método funciona melhor com texto corrido. Sempre que há muita formatação envolvida o OCR fica mais complicado. Mas para livros, handouts de cursos e materiais parecidos, é uma mão na roda.
E uma observação final: mesmo antes do OCR, os PDFs gerados pelo Office Lens são pesquisáveis. Ou seja, você também pode usar o aplicativo para escanear textos de referência que não precisam ser convertidos para o Word, mas quer deixar guardados para consulta posterior. Quando quiser, é só abrir no visualizador de PDF e fazer a busca por palavra como em qualquer outro arquivo (usando Ctrl + F no Windows, Cmd + F no Mac).

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